Infelizmente, nós tivemos referências ruins para construir a relação com nosso próprio corpo.
Tanto com a aparência, quanto com a funcionalidade.
Desde cedo, aprendemos que é preciso esforço para ser bonita. Chapar a barriga, pintar os cabelos, retirar os pelos, mascarar a pele, esconder o sangue... e que isso é "se cuidar".
Durante a adolescência, aprendemos que se×o é um perigo. Que além de uma fonte de doenças, podemos ter uma gravidez indesejada a qualquer momento. Uma verdadeira roleta-russa!
Parece que o corpo existe para dar trabalho e gerar frustração, culpa e medo. Então como ele poderia ser confiável?
Agora eu peço para que você imagine se desde cedo, visse nas propagandas e nas mocinhas dos filmes, corpos parecidos com o seu - que dobram, têm marcas e sangram como o seu.
Imagine se quando criança, você aprendesse a perceber que a ciclicidade perfeita que há em toda natureza, que dita que depois de todo inverno vem a primavera - sem falhar - há também em você.
Você consegue imaginar como seria a relação com seu corpo hoje?
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